quarta-feira, 24 de julho de 2013

Nota de falecimento - Companheiro Osmir Venuto da Silva


Nota de falecimento

Companheiro Osmir Venuto da Silva

14/10/1952 – 23/07/2013


É com profundo pesar e emoção que comunicamos o falecimento, no início da noite de 23 de julho, do Companheiro OSMIR VENUTO DA SILVA, operário da construção, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região, diretor da Federação dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Minas Gerais e dirigente-fundador da Liga Operária.

Vitimado por problemas cardíacos, o Companheiro Osmir Venuto nos deixa exemplos de firmeza, humildade, dedicação, trabalho incansável, solidariedade e combatividade.

Nascido no interior de Minas Gerais, em Açucena, passou a infância e a juventude na antiga “Vila dos Marmiteiros”, na região do bairro Padre Eustáquio, BH,  onde forjou seu caráter de rebeldia e indignação a todas injustiças contra os pobres.

O Companheiro Osmir participou ativamente na “Rebelião dos Pedreiros”, a Grande Greve realizada em 1979 em Belo Horizonte, e dedicou a maior e mais profícua parte de sua vida a luta da classe operária, contra a exploração e opressão. Empenhou-se como poucos pela construção de um movimento sindical classista e combativo, no combate implacável ao oportunismo.

Defendeu e atuou decisivamente para a construção e fortalecimento da Aliança Operário-Camponesa, apoiou sem reservas a luta dos camponeses contra o latifúndio, por terra, pão, justiça e uma nova democracia.

Como dirigente sindical classista, combateu o corporativismo, defendeu a unidade e luta das classes trabalhadoras do campo e cidade contra seus inimigos de classe: a grande burguesia, o latifúndio e o imperialismo.

Dirigiu por mais de duas décadas o Marreta que, junto da Liga Operária, se desenvolveu e consolidou como um dos sindicatos mais combativos do país.

Prestou toda a solidariedade e participou de mobilizações nacionais contra as privatizações, contra as reformas antipovo e antioperárias impostas pelos governos, contra a opressão e repressão policial dos operários das obras do PAC e dos megaeventos (copa e olimpíadas). Denunciou e combateu a exploração de trabalho escravo em inúmeros canteiros de obras.

Estimulou a formação técnica e política dos operários da construção em Belo Horizonte e região sendo um grande entusiasta da Escola Popular Orocílio Martins Gonçalves e da promoção de seminários e cursos de formação política pelos quais passaram centenas de trabalhadores da construção. Também não poupou esforços no apoio a criação de Escolas Populares no campo.

Apoiou tomadas urbanas de terrenos como a Vila Corumbiara (Barreiro) e Vila Bandeira Vermelha (Betim) entre outras, a construção de moradias populares no regime de mutirão em bairros proletários, a luta da juventude trabalhadora e estudantil.

Uniu-se solidamente aos camponeses em luta pela terra, visitou áreas camponesas. Em todas as assembleias do Marreta, chamava a atenção para a necessidade de a classe operária apoiar decididamente a Revolução Agrária e salientava que grande parte dos operários da construção veio do campo, expulsos pelo latifúndio. Ele foi um grande apoiador e divulgador da produção nas áreas. Estimulou a ida de delegações de operários ao campo para trabalhar e viver com os camponeses e organizou, através do Marreta, grupos de operários para promover trabalho coletivo com camponeses na construção de casas, pontes e outras benfeitorias. Foi assim, um persistente edificador da aliança operário-camponesa.

Erguendo a bandeira do internacionalismo proletário, apoiou as lutas da classe operária e dos povos oprimidos em outros países, visitou e trocou experiências de luta com organizações classistas e populares no Paraguai, Nicarágua, Holanda e Turquia.

Denunciou e combateu a farsa eleitoral e os partidos eleitoreiros. Ardoroso defensor da necessidade da construção da vanguarda do proletariado para dirigir a Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo, para promover transformações radicais em nossa sociedade, e construir uma nova sociedade sem a exploração do homem pelo homem.

O Companheiro Osmir Venuto foi um grande dirigente operário, um lutador de nosso povo, e será sempre lembrado pelos operários da construção, camponeses, estudantes, homens e mulheres que trabalham de sol a sol no campo e cidade em nosso país.

Rendemos nossas homenagens a este grande lutador de nossa classe e nosso povo.

 
Desde o inicio da madrugada deste dia 24 de julho, companheiros, familiares e amigos se despedem do Companheiro Osmir, na sede do Marreta – Rua Além Paraíba, 425 – Bairro Lagoinha. O sepultamento será realizado às 16:30 horas.
 

Honra e Glória ao Combatente da Classe OSMIR VENUTO DA SILVA!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Nota da FIMVJ-MG sobre rebatismo do viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe



Realizada a manifestação pela mudança do nome do Viaduto José Alencar para Douglas Henrique e Luiz Felipe.  Ato convocado pela Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG paralisa a Avenida Antônio Carlos, em BH.
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No dia 16 de julho de 2013, a partir das 16H, cerca de 200 pessoas participaram do ato pela mudança do nome do Viaduto José Alencar para Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe. Familiares e amigos de Douglas Henrique de Oliveira Souza e Luiz Felipe Aniceto de Almeida estiveram presentes, assim como organizações políticas, sindicais, populares e ex-presos políticos da época da ditadura militar. A homenagem foi feita aos dois jovens trabalhadores de Minas Gerais que caíram do Viaduto após tentar escapar dos ataques violentos da repressão e vieram a falecer.
 Duas faixas com a inscrição Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe foram colocadas nos dois lados do viaduto enquanto os manifestantes fecharam o trânsito da Avenida Antônio Carlos. Em mais uma demonstração intolerável de arbitrariedade e desrespeito estas faixas foram arrancadas na manhã do dia 18 de julho: responsabilizamos a repressão e a institucionalidade por mais esta violência.  Reiteramos que o nome definitivo do viaduto é Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe.
Além da homenagem aos dois companheiros, foi feito veemente repúdio ao aparato repressivo e à violência do Estado, diretamente responsáveis pelas mortes de Douglas Henrique e Luiz Felipe. Em nota e nas intervenções durante a manifestação, a Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG denunciou as centenas de prisões arbitrárias, casos de tortura, feridos, mandados de prisão, toque de recolher e o descomunal aparato repressivo montado para garantir o chamado padrão FIFA de qualidade durante a Copa das Confederações.   Denunciou também a morte do menino de 12 anos Lucas Daniel Alcântara Lima, baleado pelo sargento reformado da PMMG Vanderlei Gomes da Fonseca, durante manifestação contra a falta de coleta de lixo no Conjunto Cristina, Santa Luzia, no dia 27 de junho.  Lucas Daniel tinha apenas ido à padaria comprar pão.
 O tal padrão FIFA, na prática, implantou um Estado de exceção no país. O governo municipal de Márcio Lacerda (PSB), o governo estadual de Antônio Anastasia (PSDB) e o governo federal de Dilma Rousseff (PT) - em conjunto com a Guarda Municipal, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Exército e a Força Nacional de Segurança Pública – têm como objetivo exclusivo garantir o lucro dos empresários patrocinadores dos chamados grandes eventos.  Trata-se de repressão feroz, privatização da cidade e criminalização dos movimentos populares.
No final do ato, a Polícia Militar revelou, mais uma vez, sua habitual truculência: duas manifestantes - ambas estudantes, membros da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG - foram presas.  A semelhança com a ditadura militar ficou evidente: tentou-se forjar absurdo flagrante com tentativa torpe de acusação de dano ao patrimônio público.  Membros da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG e manifestantes seguiram até a delegacia onde foi dada voz de prisão às duas companheiras.  O flagrante não foi lavrado por se mostrar absolutamente insustentável. As companheiras vão responder a processo de dano contra o meio ambiente no Juizado Especial Criminal. Não aceitamos definitivamente este tipo de ofensiva, por parte da polícia, contra nosso direito de manifestação e expressão.  Continuaremos mobilizados contra as investidas da repressão.
Na noite do dia 17 de julho, outra militante foi presa, em Belo Horizonte, durante reunião sobre direitos humanos, embaixo do Viaduto Santa Tereza. Nesse mesmo dia, em São Paulo, 119 estudantes da Universidade Estadual de São Paulo foram presos durante manifestação de ocupação da reitoria.   Todos esses casos mostram a necessidade de uma ampla campanha nacional contra a repressão, a imediata liberdade de todos os presos políticos, a retirada de todos os processos criminais e mandados de prisão contra os manifestantes. Mostram também a urgência da punição dos responsáveis pelas mais de duas dezenas de mortes e centenas de casos de ferimentos graves e torturas, provocadas em todo o país pela repressão às jornadas de junho de 2013.
Nós, da classe trabalhadora, do movimento popular, do movimento estudantil e da Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça – MG responsabilizamos diretamente o Estado brasileiro, seu aparato repressivo e seus governos federal, estadual e municipal por toda esta violência. Estes são os responsáveis diretos pelas mortes dos companheiros Douglas Henrique, Luiz Felipe e Lucas Daniel.  O Estado brasileiro é igualmente responsável pela repressão sangrenta, pelas mais de duas dezenas de mortes, pelas centenas de prisões, torturas e ferimentos graves ocorridos em todo o país durante as jornadas de luta de junho de 2013.
Abaixo a repressão! Pela liberdade de manifestação e expressão!
Pelo fim da criminalização dos pobres! Pelo fim da criminalização da luta dos estudantes, da luta dos trabalhadores da cidade, do campo e da luta do movimento popular!
 Libertação imediata dos presos políticos! Pela anulação dos inquéritos! Pela retirada dos mandados de prisão!
Pelo fim das torturas e das execuções! Pelo fim do genocídio dos jovens, negros, indígenas e pobres!
Abaixo as UPPs e invasões policiais e militares dos morros, universidades, ocupações e favelas!
Pelo fim do aparato repressivo! Pelo fim imediato da Guarda Municipal, da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança! Fora o Exército e fora a FIFA!
Pelo direito à Verdade, à Memória e à Justiça!
Punição para os torturadores e assassinos de opositores durante a ditadura militar e para aqueles que cometem estes mesmos crimes contra a humanidade nos dias de hoje!
Pela luta independente, realizada pela classe trabalhadora e pelo movimento popular, em relação aos governos e à institucionalidade!

Companheiros Douglas Henrique, Luiz Felipe e Lucas Daniel : Presentes!
Presente, hoje e sempre!

Belo Horizonte, 18 de julho de 2013
Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça - MG

terça-feira, 16 de julho de 2013

Belo Horizonte – Rebatismo popular do viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe

Na tarde de hoje (16 de junho), dezenas de ativistas, atendendo a convocação da Frente Independente pela Memória Verdade e Justiça de Minas Gerais, promoveram o rebatismo popular do viaduto José Alencar, que a partir de agora chama-se Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe.
O jovem Douglas Henrique, de 21 anos, operário metalúrgico, participava do protesto de 100 mil pessoas em 26 de junho e caiu do viaduto durante o ataque da polícia militar com uma chuva de bombas de gás lançada contra os manifestantes. Ele faleceu na madrugada seguinte, após horas de cirurgia. 
“Ele queria lutar por um Brasil melhor, por saúde e educação, que é o que todos querem” – declarou sua irmã Letícia Aparecida, após a morte de Douglas.
Luiz Felipe, de 22 anos, um jovem trabalhador, participava do protesto de 200 mil pessoas em 22 de junho e também caiu do viaduto durante ataque da PM. Ele ficou internado em estado grave no Hospital João XXIII até seu falecimento, no dia 11 de julho, mesmo dia em que sua filha completou um ano de vida.
Durante o ato de rebatismo do viaduto, a avó de Luiz Felipe, a Sra. Carmelita, declarou a redação de AND que seu neto foi um trabalhador e que participava do protesto “porque estava lutando por todo mundo”. “Os políticos aparecem para pedir votos, mas deixam um absurdo como esse viaduto nessas condições. Meu neto caiu porque não tinha proteção nenhuma, isso não pode acontecer com mais pessoas” – denunciou a Sra. Carmelita apontando o vão livre do viaduto que não possui sequer uma grade de proteção, um local de passagem de milhares de pessoas, próximo a um estádio Mineirão e a Universidade Federal de Minas Gerais.
Ataques policiais com bombas de gás e de efeito moral e tiros de borracha disparados contra os protestos populares de 17, 22 e 26 de junho em Belo Horizonte, datas de partidas da copa das confederações da Fifa no Mineirão, provocaram grande tumulto e correria entre os manifestantes que se encontravam sobre esse viaduto causando a queda de seis manifestantes e a morte dos dois jovens.
Durante o ato, a Avenida Antônio Carlos foi bloqueada pelos manifestantes durante mais de uma hora. Oradores de diversos movimentos populares denunciaram a brutal repressão policial contra os manifestantes nas jornadas de lutas de junho.
“Não foi acidente, a morte dos dois jovens companheiros foi provocada pela Polícia Militar, pela Força Nacional e pelo Exército, ordenados pelo prefeito Márcio Lacerda, pelo governador Anastasia e por Dilma Rousseff” – denunciou uma ativista.
“Esse não é um ato simbólico, estamos mudando o nome desse viaduto em honra a dois bravos companheiros que são mártires da luta de nosso povo, não permitiremos que essas faixas com seus nomes sejam retiradas e caso sejam retiradas, colocaremos outras em seu lugar.” – afirmou uma oradora.
“Esse ato não se encerra aqui, continuaremos com as manifestações, continuaremos denunciando a violência do Estado, o assassinato de jovens. Continuaremos nossa luta pela punição dos torturadores e assassinos de ontem e de hoje, civis e militares, todos os responsáveis pelo sofrimento de nosso povo” – afirmou uma ativista.
Também fizeram uso da palavra professores e operários saudando a luta e a memória dos dois jovens que agora dão nome ao viaduto.
Um amigo de Luiz Felipe pediu a palavra e falou emocionado do modo como o “Estado fascista” tirou a vida de seu amigo que lutava por melhor educação, saúde, por um país melhor. Outro amigo erguia um cartaz com fotos de Luiz Felipe com os dizeres: “Este jovem é vítima de um Estado Fascista”.
Fotos dos dois jovens foram coladas nos muros do viaduto acompanhadas de textos relatando a luta da qual fizeram parte.
Seus nomes foram gritados por todos que respondiam: Presente! Agora, e sempre!
No encerramento do ato, quando os ativistas organizavam-se para se retirar, policiais tentaram prender duas jovens acusando-as de ter pichado um muro do viaduto. Dezenas de ativistas, a maioria mulheres, cercaram as jovens exigindo sua libertação, questionando o motivo da prisão. Os policiais alegavam tê-las preso em flagrante e eram respondidos com firmeza pelos ativistas que afirmavam não haver flagrante algum. Nossa reportagem registrou todos esses fatos.
Um membro da Associação Brasileira de Advogados do Povo assumiu a defesa das ativistas que tiveram seus documentos retidos pelos policiais.
Até as 21:30 horas de hoje (momento em que esse texto foi postado) elas já haviam sido transferidas para duas delegacias diferentes acompanhadas do advogado e de uma comissão de manifestantes que decidiram permanecer junto das jovens até que fossem postas em liberdade.
O Viaduto Douglas Henrique e Luiz Felipe foi marcado com sangue e luta, e com luta foi rebatizado. Ao cair da noite, dezenas de vozes cantaram a música Aroeira, de Geraldo Vandré, cujo refrão diz: “É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar!”.
O sangue derramado por Douglas, Luiz Felipe e as outras 20 pessoas assassinadas pelas forças de repressão do velho Estado em diferentes regiões do país durante as jornadas de junho não foi derramado em vão. Ele está presente e será sempre lembrado e honrado pelos lutadores do povo.
No muro do Viaduto, nessa noite de 16 de junho, em grandes letras, estava gravado: COMPANHEIROS DOUGLAS E LUIZ FELIPE, PRESENTE! ESTADO E PM, A CULPA É SUA! ABAIXO A REPRESSÃO! FORA PM!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mais um jovem morto pela repressão aos protestos em Belo Horizonte


Luiz Felipe, jovem morto pela repressão contra os protestos
Na noite de 11 de junho morreu Luiz Felipe Aniceto de Almeida, de 22 anos, que caiu do Viaduto José Alencar, próximo ao estádio Mineirão durante o protesto de 200 pessoas no dia 22 de junho. Ele é o segundo jovem morto em decorrência da brutal repressão desatada pela polícia, exército e a Força Nacional contra os grandes protestos na capital no último mês.
Na queda, Luiz Felipe fraturou as duas pernas e os dois braços e sofreu ferimentos em várias partes do corpo. Ele passou por pelo menos duas cirurgias e respirou com a ajuda de aparelhos durante todo o período em que ficou internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
Luiz deixou uma filha, que completou um ano de vida exatamente no dia em que o jovem pai faleceu.
“Ele estava indo às ruas para protestar por seus direitos. Ele queria que, com a passeata, houvesse uma melhoria no transporte público da cidade”.  – declarou Maria Soares de Almeida, mãe de Luiz.

Repressão provoca seis quedas de viaduto e duas mortes de jovens lutadores
Ao todo seis manifestantes caíram do viaduto José Alencar durante ataques das forças de repressão contra os protestos populares entre os dias 17 e 26 de junho.
No dia 17, durante o jogo Taiti e Nigéria pela copa das confederações, ocorreu a primeira queda. Um vídeo amador postado no youtube registrou o momento em que uma manifestante alertou um PM que um jovem havia caído do viaduto e precisava de socorro e recebeu uma resposta desdenhosa e absurda do policial dizendo que “ele não estava rezando”.
Jovem operário Douglas Henrique
Em 26 de junho, data da partida entre Brasil e Uruguai, no protesto de 100 mil pessoas que se dirigia ao Mineirão, o jovem operário Douglas Henrique de Oliveira souza, de 21 anos, morreu após queda ao tentar saltar o vão livre do viaduto para escapar da chuva de bombas lançada pela polícia.

Dilma Rousseff, governadores e prefeitos de todas as legendas, transbordando cinismo e demagogia, propalam que as manifestações populares são “comprovação da democracia no país”. Isso, ao mesmo tempo em que ordenam à polícia, exército e Força Nacional que descarreguem bombas e tiros contra o povo, espanquem e prendam manifestantes. 

Há denúncias de que mais de dez pessoas já morreram em consequência da repressão aos protestos em todo o país e centenas foram ou estão presas, sendo processadas e perseguidas pela polícia e pela justiça.

No próximo dia 16 de julho, a Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça de MG e organizações populares de Belo Horizonte e Região promoverão o rebatismo popular do viaduto José Alencar, que passará a se chamar Viaduto Douglas Henrique de Oliveira Souza e Luiz Felipe Aniceto de Almeida.

Veja o vídeo dos momentos após a queda de Douglas Henrique em 26 de junho:

Comitê de apoio ao AND BH

Belo Horizonte, MG, Brazil
Os comitês de apoio são grupos de militantes que se dedicam ao trabalho de divulgação e apoio ao jornal A Nova Democracia.